Em um tempo como o nosso, marcado por incertezas, contradições e conflitos, as transformações rápidas e profundas nos fazem questionar, com frequência, sobre nós mesmos, nossos valores e nossas identidades. No passado, a ideia de estabilidade era uma constante bem mais próxima, e muito se aferrava a ideia de que as coisas são do jeito que são porque sempre foi assim. Afinal, quem é Deus? Ainda existe Amor? Qual a serventia da Natureza? O que é a Poesia? Onde estariam todos eles em meio à conturbada vida contemporânea? Aqui, poderás encontrar essas perguntas e alguns ensaios de respostas bastante parciais, de fato, mas autênticos. É uma tentativa de ruptura com o presente caótico por um passado pulsante, como um fóssil redivivo; é a atuação de um espectro que observa ruínas da civilização e, nelas, consegue enxergar alguma vida, mesmo que seja uma pequena centelha, provinda de uma única gramínea a despontar no solo. É um diálogo respeitoso entre os amores e horrores da vida em suas mais variadas formas; algumas notas de rodapé aplicadas pelo passado sobre o presente.