O grande paradoxo do célebre tratado militar de Sun Tzu, 'A Arte da Guerra', é exatamente o de expor os horrores da guerra enquanto aconselha a melhor forma de realizá-la.
A grande questão oculta nele, emprestada do taoismo, é o reconhecimento de que a guerra é terrível, mas também inevitável, e o seu aconselhamento se dá precisamente numa abordagem de 'suavização do horror'. Ora, se a guerra é inevitável, cabe ao bom governante e estrategista tratá-la com muita seriedade, e só enviar seus soldados para as batalhas que possam efetivamente ser vencidas.
Em realidade, o que Sun Tzu nos ensina é que quase todas as batalhas já estão ganhas ou perdidas antes mesmo de haverem se iniciado. É precisamente o conhecimento das inúmeras variáveis envolvidas na guerra que faz os vencedores e os perdedores.
Mas a excelência suprema ainda se encontrava em conhecer tão bem o inimigo ao ponto de conseguir vencê-lo sem que nenhuma batalha fosse necessária: seja pela diplomacia, seja pela propaganda, seja pelo suborno ou até por vias mais obscuras. Evitar o derramamento de sangue seria sempre uma estratégia superior, uma legítima arte.
O editor.
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[número de páginas]
Equivalente a aproximadamente 120 págs. de um livro impresso (tamanho A5).
[sumário, com índice ativo]
— Prefácio
— Sobre a tradução
— Cap. 1: Planejamento inicial
— Cap. 2: Guerreando
— Cap. 3: Estratégia ofensiva
— Cap. 4: Disposições
— Cap. 5: Energia
— Cap. 6: Fraquezas e forças
— Cap. 7: Manobras
— Cap. 8: As nove variáveis
— Cap. 9: Movimentações
— Cap. 10: Terreno
— Cap. 11: As nove variáveis de terreno
— Cap. 12: Ataques com o emprego de fogo
— Cap. 13: Utilização de agentes secretos
— Notas
— Epílogo 1: O paradoxo da Arte da Guerra
— Epílogo 2: Todas as guerras do mundo
Obs.: Este livro digital foi ilustrado com imagens selecionadas do Exército de Terracota ao longo dos capítulos, o que pode ser conferido na amostra gratuita.
[ uma edição Textos para Reflexão distribuída em parceria com a Bibliomundi — saiba mais em raph.com.br/tpr ]