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Sandra de Souza Machado

Entre Santas, Bruxas, Loucas e Femmes Fatales – (Más)

O livro Entre santas, bruxas, loucas e femmes fatales — (más) representações e questões de gênero nos cinemas desnuda os problemáticos estereótipos (interseccionais) de gênero e o quanto a história das produções audiovisuais, desde sempre, está ligada às outras formas do fazer artístico e literário no que tange aos olhares das sociedades patriarcais e cargas de preconceitos, com seus “ismos”, como o machismo (e a misoginia), o racismo (diversidades étnicas «não brancas”) ou o idadismo (questões geracionais tipicamente contra as mulheres), além, obviamente, das fobias e dos segregacionismos, que discriminam as pessoas LGBTI ou com deficiências físicas ou mentais.
As histórias contadas sobre o cinema comprovam que, via de regra, filmes são produzidos por e para o fitar/olhar masculino (male gaze) dominante que é imperial, por ter lastro no seu poderio econômico, político e militar/físico/sexual, o que remonta à própria definição de imperialismo: é másculo, branco, territorialista, expansionista e dominador, por princípio. Seria o pensamento histórico de que “Europa” é o significado do continente branco, anglo-saxônico (ou ariano), masculino, de razão e ação ativas e criadoras. Os outros povos seriam estrangeiros e relegados às margens, às fronteiras.
O meio fílmico propicia percepções profundas por abranger e estimular todos os sentidos humanos, e tem sido veículo das ausências e marginalidade do feminino. As mulheres são relegadas ao silêncio, às omissões, ao estelionato de seus talentos e realizações e às representações equivocadas e maldosas.
Ao longo do livro, por meio de estudos de caso e críticas, são recontadas as teorias e as histórias dos cinemas produzidos para as massas, para as grandes bilheterias e audiências, bem como as produções independentes, em geral realizadas por cineastas «periféricos» ao eurocentrismo: é o cinema de “sotaque”, com olhares de mulheres e homens fronteiriços, que transbordam hibridismos culturais, transnacionais, e seus exílios internos e externos. As(os) leitoras(es) terão surpresas com os «apagões”, omissões, sobre as mulheres que fizeram parte ativa na criação das narrativas audiovisuais como as conhecemos até hoje.
517 printed pages
Copyright owner
Bookwire
Original publication
2020
Publication year
2020
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