Para a maioria dos educadores, Paulo Freire é o principal nome da pedagogia brasileira. Sendo sua obra a mais lida, quiçá a mais aplicada, no Brasil estava a demandar um estudo que se dedicasse a dissecar os fundamentos filosóficos sobre os quais se apoia a Pedagogia do Oprimido. O livro será o único, até o momento, a fazer um contraponto filosófico crítico às teses advogadas na obra de Paulo Freire. O objetivo é suscitar um profícuo debate sobre os rumos da educação brasileira em um momento em que se encontra mergulhada em profunda crise. Passou da hora de se criar no Brasil um ambiente de debate em que as ideias sejam efetivamente discutidas para que se evite a reiteração passiva que impede o avanço do conhecimento. A força do livro está em questionar as certezas ideológicas tratadas como dogmas pela Pedagogia do Oprimido. Isso é crucial porque Freire defende suas teses sem confrontá-las com propostas alternativas. Diante dessa ausência de diálogo, o livro cumpre a tarefa de mostrar por que a obra de Freire é mais um projeto político que uma proposta pedagógica. Com isso, o leitor contará com uma visão diferente das que vêm prevalecendo no campo da pedagogia brasileira.