«Não sou apenas uma mulher que sente dor.»
Nesse fragmento há reflexos de uma mulher. Doloridas ou não, dentro de cada uma de nós há ruínas de desejos não atendidos que encontram uma maneira de resistir.
Vontades, fome, curiosidades, tesão, medo, coragem. Elas têm necessidades envolvidas em um borrão de sentimentos, que por vezes, estão amplificados pela experiência da dor.
Dentro das suas relações, esbarram-se em desafios corriqueiros. Mas então, há ou não diferenças entre mulheres que convivem com dores crônicas e as que não?
Somados a um funcionamento alterado das sensações, os desafios do dia a dia se tornam monstruosos e elas, mulheres que têm dores crônicas, deparam-se, com frequência, com o sofrimento diante do desamparo.
Não são apenas mulheres que sentem dor. Esse livro expõe conteúdos encobertos que foram, aos poucos, expostos em sessões de psicoterapia. Tendo a dor como companheira de sessão, aqui elas pincelam desafios e deixam, a cada encontro, parte de suas essências em quem as conhece.
Quem tem dor tem pressa de vida.